Reinaldo Azambuja discute viabilização de corredor ferroviário bioceânico
Fecha: 2017-10-30
Governador participa em Brasília, nesta segunda-feira, de reunião no Ministério dos Transportes com autoridades brasileiras e bolivianas

O governador Reinaldo Azambuja participa hoje segunda-feira (31.10), em Brasília, de reunião no Ministério dos Transportes para tratar da viabilização do Corredor Ferroviário Bioceânico de Integração. O primeiro passo para a interligação das ferrovias do Brasil, Bolívia, Argentina e Chile é um Memorando de Entendimento que será assinado pelo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil do Brasil, Maurício Quintella, e o ministro de Obras Públicas, Serviços e Moradia da Bolívia, Milton Claros Hinojosa.

Segundo o governador Reinaldo Azambuja, a consolidação de rotas rodoviárias e ferroviárias ligando os portos da costa brasileira no Atlântico à costa chilena e peruana no Pacífico, serão a redenção econômica dos países sul-americanos e fundamentais para a integração social e cultural da América Latina. "Não há dúvida sobre a importância estratégica da integração de todas essas regiões e tenho comigo que uma das grandes contribuições a esse processo são as rotas bioceânicas, caminhos que ligam por rodovias, hidrovias, ferrovias a costa do Atlântico à costa do Pacífico", destaca Reinaldo Azambuja.

O Memorando de Entendimento será assinado com amparo do Acordo sobre o Transporte Internacional Terrestre, firmado em 1990 pelos governos do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru, que regula o transporte ferroviário entre esses países. Os entendimentos bilaterais também estão respaldados pela Carta Conjunta do Mercosul, assinada em 21 de julho deste ano.

O Memorando prevê a formação de um grupo de trabalho formado por autoridades brasileiras e bolivianas. O grupo vai conduzir os entendimentos e todos os eventos que devem ser promovidos para se chegar a um projeto multinacional, com definições sobre trechos ferroviários que devem passar por intervenções, conexões, sistemas de embarques e instalações alfandegárias.

"Mato Grosso do Sul segue à frente desse projeto, que passa pela revitalização da malha ferroviária até Santos (SP) e a conexão de Corumbá com a Ferrovia Oriental da Bolívia, a partir de Corumbá", diz Reinaldo Azambuja. "Nós temos a responsabilidade de conduzir esse processo de integração, principalmente em razão da nossa localização estratégica, como eixo de pelo menos dois corredores intermodais que dão acesso aos portos do Chile e Peru, incluindo a rota rodoviária que passando por Porto Murtinho, na fronteira com o Paraguai", destaca o governador.

O Corredor Ferroviário Bioceânico vai integrar toda a região Centro Oeste da América do Sul, formada pelos estados brasileiros do Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia; as províncias argentinas de Catamarca, Chaco, Corrientes, Formosa, Misiones, Salta, Santiago del Estero e Tucumán; a Primeira e Segunda Região do Chile; os departamentos peruanos de Arequipa e Tacna e todo o território da Bolívia e do Paraguai.

A rota bioceânica por ferrovia vai até Santa Cruz de La Sierra e se integra ao modal rodoviário, com saídas tanto para os portos de Antofagasta, Mejillones e Iquique, no Chile, quanto aos portos de Ilo e Matarani, no Peru. O segundo eixo, rodoviário, segue via Paraguai e se integra ao sistema viário do norte argentino. O primeiro debate sobre o Corredor Ferroviário Bioceânico foi realizado em Campo Grande, em 2004.

Fonte: pontaporainforma.com.br

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